Viemos especialmente inspiradas por Dead Elvis, surgidas das cinzas, para fazer um importante alerta: nunca conte com o ovo antes da galinha. Já ouviu esse ditado? Pois é exatamente isso, não comemore antes da hora, não fique empolgada sem motivo, e nunca, mas nunca mesmo dê um high-five besta achando que a situação tá perfeita. Quando você fizer isso, estará selando seu destino ao infortúnio e tudo dará errado. Foi o que nos aconteceu na última sexta-feira. Vamos aos fatos.
A nossa tradicional sexta-feira começou na casa de L., junto com mais um amigo, pois já estamos com preguiça e cansadas do querido Torto. Nada sério, afinal, quando chegamos no São Francisco foi pra lá que fomos. Uma cerveja aqui, outra ali e nossa querida C. leva um nocaute, pobrezinha. Três bofes, em outras rodas, com outras garotas e cagando pra ela. 3x0 e o anúncio de uma noite difícil. Mas nada que desanimasse nossa guerreira das baladas curitibanas e da cara de pau. A noite estava só começando.
Uma pequena fila até entrarmos no Wonka, onde a noite prometia animação e rock. Chucrobilly Man, duelo de monobandas e a grande atração Dead Elvis, direto da Holanda, não fariam a noite passar à toa. Logo no início avistamos um rapaz lindo, loiro, barbudo, caso antigo de L. com todo o charme que só os comprometidos têm. E o melhor de tudo: ele estava com um amigo pra lá de interessante.
É aí que começa o desastre. As duas na pista, meninos logo à frente e elas quase não conseguem conter a emoção. Finalmente a situação perfeita. Um double-date, com um cara conhecido, o amigo do amigo, duas garotas lindas e interessantes e música boa. Foi aqui que o high-five e o pensamento “é hoje” acabaram com tudo. Menos de cinco minutos depois, a senhora namorada aparece na pista, toma satisfação e desaparece com o loiro. O amigo sai na sequência e tudo acaba.
Depois dessa incrível derrota, não há outra solução: as duas desistem da cerveja e partem pra caipirinha. De vodka para L. e de cachaça para C. Um brinde e vamos lá, que a noite ainda não acabou. Quer dizer, para C. já tinha acabado. Muitas derrotas seguidas é um sinal de que seria melhor ficar quieta num canto, passar despercebida e curtir as bandas. Quando olha pro lado, um moreno, alto, magro, interessante e interessado gruda em L. e começa a puxar papo. Quando olha de novo já tá rolando agarração e alegria. Ufa. Pelo menos alguém vai se dar bem hoje.
Dead Elvis manda muito bem no show, C. ainda tenta cultivar seu charme para os amigos das amigas. Nada demais, sabe, apenas um investimento futuro. E vamos pra fila pagar né, afinal já eram 4 horas da manhã e o estacionamento iria fechar. Fila enorme né, mas vamos encarar. Quando nos deparamos com o amigo do loiro, que ainda estava no bar. C. quase se anima na tentativa do investimento futuro. Dois minutos depois, uma mulher já bem passada na bebida chega na cara dura e puxa um papo qualquer com o amigo e... bingo! Leva o bofe! Realmente não era a noite de C. O bofe da L., que era uruguaio, veja só, é despistado com um “a gente se vê” e tchau. Uma noite incrível, que realmente valia essa retomada do blog. E aí, será que volta mesmo?